por Ariovaldo Ramos
Quatro amigos levaram um paralítico a Jesus, em Cafarnaum.
Que bom que esse homem tinha amigos.
Que bom que eram amigos atentos a qualquer oportunidade de ajudá-lo.
Eram amigos parteiros, que acreditam na possibilidade e provocam-na.
Que bom que eram dos tais que não desistem diante dos obstáculos.
O coração duro dos que já estavam na casa lotada, e que não se abalaram do seu conforto, para que alguém mais necessitado fosse aproximado de Jesus, parecia um obstáculo intransponível.
Que bom que, para esses amigos, uma pedra, no meio do caminho, não era o fim do caminho.
Que bom que sabiam que os dons que recebemos são para o bem do outro, e, imediatamente, se puseram em busca de saída, abriram um buraco em casa alheia.
Que bom que, para eles, o ser humano vale mais do que qualquer patrimônio.
E interromperam o pregador.
Que bom que, para Jesus, atender ao ser humano é mais importante do que terminar o sermão.
E Jesus viu-lhes a fé.
Que bom que Jesus atenta para a fé. E foi a fé dos amigos.
E Jesus perdoou-lhe os pecados.
Que bom que os amigos levaram o seu companheiro a Jesus.
Que bom que Jesus sabe do que a pessoa precisa.
Nem toda doença é fruto do pecado, mas todo pecado adoece o pecador, duma ou doutra forma.
Aquele homem para voltar a andar precisava ser perdoado.
A falta de perdão, sempre, dalguma forma, faz o que precisa de perdão estagnar.
Tem gente que diz perdoar, mas mantém o outro em estado de dívida, não o libera para andar.
Que bom que o perdão de Jesus nos libera para andar, Jesus perdoa e esquece.
Como é bom, quando a gente não tem mais fé, ter quem creia por nós.
Como é bom, quando a gente não consegue mais andar, ter quem nos carregue.
Hans Bürky disse que o Reino de Deus é um reino de amigos.
Foi isso que Jesus veio inaugurar: um reino de amigos. Que a Igreja seja assim!
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