Caros amigos e amigas, este blog é um meio que encontrei de compartilhar artigos, textos, reflexões bíblicas sobre a vida e os desafios de se por em prática aquilo que cremos. Boa leitura!
sábado, 13 de outubro de 2012
Crianças -"Não as impeçais"!
Por Edvar Gimenes de Oliveira
Publicado em 20.07.12 - 89/100 dias de oração pelo Brasil
Crianças são seres humanos.
Em estágio de vida diferente dos adultos, mas seres humanos.
Responsabilidades diferentes dos adultos, mas seres humanos.
Reações diferentes dos adultos, mas seres humanos.
Isso parece óbvio, mas não para todos e em todos os tempos. Nos tempos de Jesus, como as mulheres, elas não eram contadas. Isso indicava que não tinham o mesmo valor que os homens. Daí os discípulos dificultarem o acesso de uma mulher a Jesus que, além disso, queria levar uma criança para ser abençoada.
Jesus, quebrando mais um paradigma, reage: "não as impeçais".
"Não as impeçais" não é o mesmo de "deixem que façam o que quiserem". Significa que seus direitos devem ser reconhecidos. No caso de Jesus, os discípulos lhes negava o direito de serem abençoadas.
Por que elas não poderiam sequer ser abençoadas por Jesus? Porque Jesus era por demais importante, bastante assediado por adultos e, sendo elas seres de segunda classe, não deveriam incomodá-lo. Esse era o pensamento por detrás da decisão deles. Errado, mas assim a cultura foi introjetada em suas mentes. (Preservar a cultura é algo bom, desde que os valores que elas apresentam sejam saudáveis ao indivíduo e à sociedade como um todo).
Jesus via de outra forma.
As crianças são frágeis, mas seres humanos.
Não desenvolveram a capacidade física para se defenderem, mas seres humanos.
Não têm autonomia econômica para sobreviverem, mas seres humanos.
Não têm pensamento amadurecido para decidirem, mas seres humanos.
Não têm maturidade emocional para se autocontrolarem plenamente, mas seres humanos.
Sim, seres humanos que merecem todo o nosso respeito e cuidado.
Portanto, as palavras de Jesus precisam ser vistas não somente como um incentivo à evangelização de crianças, no sentido de proporcionarmos a elas o direito de conhecerem um evangelho que lhes garante uma salvação no futuro, mas também o evangelho que reconhece e, por isso, valoriza seus direitos de serem salvas das maldades e equívocos humanos no presente.
Não as impedí-las de ir a Jesus, para ouvirem e conhecerem, por exemplo, o "sermão do monte" que lhes ensina direitos e deveres conferidos por Deus, para viverem a vida de maneira saudável. Conhecerem, portanto, não só o direito ao céu, mas à vida, em todas as dimensões, como manifestação da graça e do amor divinos.
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