por Israel Belo de Azevedo
Se houve no plano internacional
um tempo em que as armas repousaram inúteis.
Se também no plano pessoal
meu coração tiver descansado
de tantas batalhas: as necessárias e as fúteis.
Se diante do presépio tão surreal
que mistura gente com animal todo falante
eu tiver tido uma atitude de humildade tal
como se nada, nada mesmo, dependesse
dos joelhos que se vergam
por um instante.
Se minha alma elevou ao sideral
para um canto que me soou como divinal louvor.
Se meus olhos viram como igual
aquele que na esquina e no chão gelado
de mim não esperava palavras mas amor.
Se meus múltiplos desejos de “feliz natal”
forem inspirados de modo real
por Jesus Cristo
e eu recebi cada gesto facial
e ofereci todo sorriso trocado
mesmo expressos na superfície
como um compromisso.
Se o Salvador por um momento
se pareceu como o que é:
meu Senhor companheiro amigo.
Se todo o verbo que eu dito tiver
for uma afirmação de fé
que por um dia habite comigo
terá valido a pena mais este Natal.
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